quinta-feira, 13 de novembro de 2008


No fim de semana em que viajei com o grupo de pesquisa, me deparei com cenas antes só vistas poucas vezes na TV: paisagem seca, lugares inóspitos, miséria...
Talvez não tenha sido a primeira vez que eu tenha visto de perto uma situação desta, mas foi a primeira vez que prestei atenção. Admito.
Olhar, viver o momento, estar presenta em uma casa onde não se tinha o que comer... Simplesmente! Lá vivem um casal e duas crianças. Estas com fome, olhos tristes, mas com o brilho da esperança... Meio desconfiadas com nossa visita.
Sei que o que tinha menos relevância naquele momento era meu coração, mas ele estava pequeno demais.
Todos os dias nos deparamos com notícias da seca no Nordeste, da fome na África. Mas porque isto não nos toca? Parece algo de outro mundo! Mas não! Está a duas horas da minha cidade, ou pode está até mesmo a dez minutos.
Fomos embora... E dentro daquela casa ficou aquela menina. Aquela quilombola de olhos tristes e brilhantes. De sorriso puro. Aquela criança que não encontra alimento na panela. Que chora! Lá está ela... A poucos quilômetros de nós.

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